sábado, 18 de abril de 2015

Capítulo 15 - Amor Autêntico

- É verdade. – Demi respirou fundo e disse. – Sinto falta deles. Há muito tempo sinto saudades, mas o meu orgulho é maior. – Demi confessou para seu namorado, que era mais um amigo.
- Por que não deixa o orgulho de lado, meu amor, eles também sentem sua falta. Estão arrependidos do que fizeram. Eles devem estar querendo o filha ao lado deles nesse momento, eles querem a família de novo.
- Tenho medo de chegar e eles falarem algo que me machuque mais do que a saudade.
- Eu duvido que façam isso. Vai lá, Dem... Fale com eles. – Eles observaram o pai de Demi sair, devia ter ido trabalhar e a mãe havia terminado a última cliente. – Essa é a sua chance de falar com sua mãe.
Sem dizer nada, Demi tirou o cinto de segurança, saiu e abraçou sua cintura, ato de insegurança. Atravessou a rua com cuidado, pois era uma rua bem movimentada. Quando atravessou a porta de vidro, fez-se um barulho de sino. Sua mãe estava de costa para a entrada, arrumando alguns pentes que estavam fora do lugar e olhou pelo espelho para ver quem era.
O espanto em seu rosto, era visível. Não esperava ver aquela garota ali. Parecia que Diana Lovato tinha medo de virar e tudo sumir.
- Demi? – perguntou com lágrimas nos olhos se virando. – Demi, minha filha. – A partir daqui só foram lágrimas e pedidos de desculpas de ambas as partes. Demi até despachou o Dougie e Diana, sua mãe, fechou o salão.
Demi passou o resto do dia conversando com os pais, eles pareciam mesmo arrependidos de tudo que disseram e fizeram. Hoje, eram pessoas diferentes com pensamentos diferentes. Demi tentou ajudar os pais com dinheiro, mas eles recusaram. Uma coisa não mudou: continuam orgulhosos.
Por sorte, aquele dia não era o aniversário da filha de Dougie ou Demi nem apareceria. Dougie aproveitou e foi visitar a filha, ficou com ela matando toda a saudade que sentia. Havia muito tempo que não via sua filha.

Quando o relógio chegava perto das nove horas, Dougie foi buscar Demi na casa dos pais.
- Vamos?
- Bom, eu tenho que ir.
- Senhor e Senhora Lovato, vocês estão convidados para participarem da festa de quatro anos de minha filha. Faço questão da presença de vocês.
- Claro que iremos, Dougie. Annie já tinha nos convidado.

Julie Poynter adorou Demi. Fez dela sua melhor amiga. Demi até brincou de casinha com a pequena. Quem reagiu ao contrario foi Anne, essa quando viu Demi sorriu amigavelmente.
- Então, você é a famosa Demi Lovato de que o pai da minha filha tanto fala?
- Sim, sou eu. Prazer.- Demi sorriu de volta simpática.
- O prazer é todo meu. Sou Anne Jones, mãe de Julie.
- Ora, Anne, eu não falo tanto assim em Demi. O que ela vai achar?
Anne Jones, era uma mulher diferente do que Demi pensava. Demi achava que encontraria uma pessoa um pouco mais amável, não que ela não tivesse sido amável com Demi, mas ela percebeu um ar de falsidade. Queria tirar aquilo da cabeça, mas não conseguia.
Anne era alta e loura, tinha os cabelos na altura do ombro, mas enrolados. Um sorriso falso cobria seu rosto e o olhar ameaçador. Esse era o tipo de pessoa que Demi viu em Anne Jones, na qual ela não gostou.
- Demi, se importa e ficar aqui uns instantes com Anne, eu preciso falar com uns amigos meus que estão ali, daqui a pouco os apresento a você. – Demi nem teve tempo de dizer que gostaria de conhece-los de uma vez, pois Dougie passou direto.
- Então, sente algo pelo Dougie? – Que diabos de pergunta era aquela?
- Claro, se não sentisse não estaria com Dougie agora, certo?
- Está muito respondona para o meu gosto, dona Demetria.- Agora, Demi via a verdadeira Anne Jones em sua frente.- Fique sabendo que Dougie é meu, ele pertence a mim e não vai ser umazinha de quinta que vai tira-lo de mim, ouviu?
- O que? Eu não acredito que estou ouvindo isso. Dougie não é nenhum objeto para pertencer a alguém, Jones. E se ele quisesse ser seu, ele estaria com você e não comigo. – Demi saiu de perto de Anne assim que viu seus pais atravessarem a porta. Contou o episódio a eles, mas eles disseram que ela sempre foi amável com todos, o que fez Demi deduzir que Anne era apaixonada por Dougie e estava disposta a acabar com a concorrência. Ficou ao lado dos seus pais conversando até Dougie lembrar de Demi.
- Oh, até que fim lembrou-se que eu estava aqui. - ela comentou quando ele sentou-se por perto.
- Desculpe, todos que estão aqui são meus conhecidos, meu bem.A maioria eu não vejo há muito tempo eles só querem me contar as novidades.
- Eu entendo, só... Nada. Esquece! Eu te entendo, desculpe o comentário ridículo. – Demi voltou a atenção as crianças que brincavam na festa.
Quanta sorte tinha Dougie por já ter um filho, aliás, uma filha tão linda como Julie. Pensava Demi.
Ao final da festa, a maioria dos convidados já tinham ido. Só faltavam os pais de Demi e mais alguns que já se levantavam para ir embora. Demi sabia que Dougie teria de levar os pais, Anne e a filha para casa depois que a festa fosse toda desmontada e ela estava cansada demais para acompanhar todo esse processo de desarrumação.
- Dougie, se importaria se eu fosse para o hotel na sua frente? Estou doida para descansar e ainda tenho que responder aos e-mail de Selly e Liam.
- Não, Demi, me espere e eu te levo.
- Não, já pedi os meus pais... Eles disseram que me dão uma carona.
- Eu te conheço muito bem para saber que nada te fará mudar de ideia e que está realmente cansada. Vou deixar você ir. Prometo não demorar! – Dougie beijou os lábios de Demi.
De longe Anne observava tudo e com raiva nos olhos. Anne pensava com muita magoa que era para ela estar sendo tratada com todo esse carinho que Demi recebia.
- Tchau! – Demi acenou para Anne e ela retribuiu o aceno só porque Dougie observava tudo. Demi deu um beijinho em Julie e saiu acompanhada pelos pais.

Chegou no hotel pensando no que tinha acontecido.
Pegou seu notebook, para que pudesse ler e responder os e-mails. O primeiro que estava na lista era de Selly, ela abriu. Selena contou detalhe por detalhe do que tinha acontecido e disse que estava tudo sob controle, mas que ela fazia falta.
O segundo e-mail era de Miley, perguntou como Demi estava e em anexo tinha uma tabelinha mostrando o desenvolvimento da empresa enquanto ela estava fora. Isso tudo, foi exigência de Demi.
Logo abaixo um e-mail de Joe. O coração de Demi deu passeio à lua e depois voltou numa velocidade que fez doer. No início, Joe contou como estava a empresa, como tudo tinha transcorrido, também havia uma tabela de desenvolvimento e mais embaixo, uma coisa que não tinha nada a ver com a empresa. Estava escrito com outra fonte e outra cor.
“Sinto sua falta”
Três palavras que fizeram muito significado para Demi. Três palavras que poderiam dizer mais do que elas representavam.
Demi não percebeu, mas ela leu aquelas três palavras muitas vezes, algumas sorria olhando para o computador.
Por fim, Demi saiu do seu e-mail e desligou o notebook. Tomou um banho quente e deitou-se logo em seguida. Pegou no sono rapidamente.
Abriu os olhos estava claro o dia. O sol batia na janela e refletia em todo o quarto. Demi estava sozinha, ela havia dormido sozinha.
Já era mais de nove horas, quase dez e Dougie não tinha chegado ainda. “Certamente ele tem uma explicação muito boa para isso”, logo ela pensou.
Depois que ela tomou café a porta abriu, era Dougie. Ele tinha a expressão de quem havia dormido. Estava com a roupa toda amaçada e ainda com a expressão de cansado.
- Bom dia. – Demi até responderia se não tivesse enfiado um pedaço de pão na boca então ela só acenou com a cabeça, achando que ele se explicaria logo em seguida. - Vou tomar um banho estou morto de cansaço! – ele disse levando seu corpo até o banheiro.
Ele devia uma explicação a Demi, e ela iria cobrar.
Depois que ele saiu do banho, sentou-se na mesa e tomou café normalmente.
- Gostou da festa ontem? -  Demi já tinha aguentado demais.
- Sim, gostei...
- Julie não para de falar em você.
- Dougie, tem uma explicação para o horário que você chegou?
- Bom, eu dormi na casa de Julie. – “Casa de Anne, precisamente no quarto de Anne” pensou Demi.
- Por quê?
- Julie estava com saudades.
- Podia ter me avisado, eu fiquei preocupada com você. – Demi disse em tom amável o que fez Dougie sentir um aperto no coração.
- Desculpe, não quis te acordar.
- Dougie, pode falar tudo que quiser para mim, mas nunca minta para mim. Você pode até achar que eu acredito nas mentiras, mas é só ilusão. Eu sei muito bem onde dormiu essa noite, ou melhor com quem você dormiu. Não precisa se explicar, não precisa nem dizer nada por hoje Tudo poderia ser resolvido se você não tivesse mentido para mim, Poynter. - Demi levantou da mesa e pegou sua bolsa.
- Demi, eu...
- Por favor, não diga mais nada. Só me empreste a chave eu preciso ir na casa de meus pais. Vou embora hoje mesmo.
- Pensei que íamos amanhã.
- Eu vou para casa hoje, eu preciso ir... Você pode ficar e terminar de matar as saudades de sua filha, ou... da mãe dela. – Demi alcançou as chaves que estavam sob a escrivaninha e saiu do quarto.
Assim que saiu do quarto, ligou e pediu passagem para ela poder ir embora. Na verdade trocou e deu sorte que tinha um de seis horas que tinha acabado de cancelar.
Na casa dos pais, nem comentou sobre o que aconteceu só se despediu deles. Voltou para o hotel, arrumou suas coisas e foi para o aeroporto. Dougie não estava no quarto, então ela não teve nenhuma interferência da parte dele.

No dia seguinte, acordou cedo e foi para o trabalho. Todos espantaram, pois estavam achando que ela voltaria para o trabalho no dia seguinte.
- Por que tão cedo? - perguntou Selly.
- Não é cedo! Eu cheguei ontem à noite.
- O que aconteceu? – Miley entrou perguntando. - Eu te conheço muito bem para achar que tem algo diferente.
- Dougie me apresentou a mãe de sua filha. A mulher é louca por ele, chegou a me ameaçar dizendo que ele era dele. Ele dormiu na casa dela, ou melhor com ela.
- Dormiu no sentido de...

- Sim, ele transou com a mãe da filha dele enquanto eu o esperava no hotel. Não é maravilhoso isso? O pior é que ele teve coragem de mentir. Primeiro fingiu que nada aconteceu e depois que eu perguntei ele começou a mentir.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Amor Autêntico _Capítulo 14

Um mês depois...
- Eu te amo, Demi. – ele disse depois de um beijo. Ela não respondeu, só o beijou novamente. Não o amava, não iria dizer o mesmo.
- Então, o quer queria me dizer?
- Bom, a minha pequena faz aniversário no sábado e eu queria saber se vai comigo?
- Dougie, eu não sei... Tenho a agencia para cuidar.
- A Selly faz isso por você, só por alguns dias. Vou amanhã de manhã e volto no domingo a noite. Serão quatro dias só.
- Vou conversar com Selly  e ver o que pode ser feito. Também tenho medo de não ser bem recebida.
- Por quem?
- Não sei... Julie.
- Julie é uma graça, adorará você. Ela está doida para te conhecer e me fez prometer que te levaria comigo no aniversário dela. Pensei que se importaria mais em ter a possível chance de rever seus pais.
- Eles disseram que eu morri para eles, pois penso o mesmo. Para mim, eles morreram.
- Então...? Vamos, Demi? Por favor!
- Aí, Poynter, já disse que preciso resolver com Selly, se ela achar que pode segurar as pontas por aqui, eu vou com você, agora se ela falar que não pode, eu... fico e mando um belo presente para minha querida Julie.
- Não é o mesmo! Promete que vai fazer o possível?
- Sim, prometo.
De uma coisa Demi sabia, seu atual namorado era mais chato que uma criança mimada.
 Depois de tantas vezes que Dougie pediu Demi oportunidades para mostrar seus amor, ela acabou cedendo e, apesar de não ama-lo, estava gostando de ter a companhia dele. O amor dele a preenchia de alguma maneira, mas ela sabia que não o amava. Aliás, ela sabia a quem pertencia seu coração.
Horas depois chamou Selena em sua sala, e fez o pedido.
- Claro que fico! Olha, já era hora de você se divertir. Além disso, a Mi pode me ajudar por aqui. Aproveita para rever uns amigos antigos, Demi. Vai viajar com o namorado!
- Tem razão, eu estou mesmo precisando.

Em casa, Demi terminava de arrumar sua pequena bagagem quando sentiu um braço forte te envolver.
- Sabia que você é perfeita até quando não quer?
- Sabia que você é um cara muito bajulador, Dougie?
- Sabia que eu te amo? – Em resposta, Demi o beijou, mais uma vez, ela não podia mentir. – Amanhã o voo sai às sete, então eu pensei em dormir aqui com você aí a gente não se atrasa, o que acha?
- Que desculpa idiota! Você é meu vizinho...
- É mesmo, tinha esquecido disso...
- Mas, você pode dormir aqui sim. Eu deixo.
- Aliás, eu tenho dormido aqui quase todos os dias, não é mesmo?
- Verdade... Já que você já decidiu que vai dormir aqui com a minha autorização, eu vou tomar um banho enquanto você pede uma coisa bem, mas bem gostosa mesmo, para a gente jantar.- Demi deu um selinho no namorado e foi para o banheiro tomar seu banho, o que restou a ele fazer foi ligar para o restaurante mais próximo.
Na verdade, ela queria mudar o ruma da conversa. Sabia muito bem o que ele queria e não era o que ela queria. Ele ia pedir para passarem a morar juntos, mas Demi gostava, às vezes, de ter seu próprio espaço. Quando quisesse dormir sozinha não precisaria pedir para ele dormir no quarto de hospedes. Não queria uma vida de casada, isso ela não queria mais, pois lembrava de seu casamento fracassado. Por isso, nunca chamou Ster para morar com ela, mesmo quando achava que o amava.

Ocorreu tudo bem durante a viajem para Demi e Dougie. Quando chegaram, ele já havia feito uma reserva no hotel da cidade e avisado sua família que eles estavam de volta.
Aquela cidade fazia Demi lembrar de muita coisa, foi lá que Demi fez amigos fortes como Selly, Ster e Mi; foi lá que encontrou e se apaixonou por Joe; foi lá que se casaram antes de fugirem com o dinheiro dos pais de Demi. O mesmo dinheiro que ela pode construir sua pequena agencia que se tornou essa grande agencia que é hoje e que já devolvera aos pais há anos, antes mesmo de construir a advocacia de Joe.
Dougie havia ocultado alguns fatos daquela cidade, fatos que Demi pode se surpreender e talvez amolecer.
- Não vejo a hora de reconhecer a minha cidade. – ela disse quando entraram no carro.
- Pensei que não ia querer sair do quarto, depois de tudo que houve...
- Do que está falando?
- Ah, foi aqui que começou tudo. Eu nem ia querer entrar na cidade.
- Está falando de que? De Joe ou dos meus pais?
- Dos dois.
- De Joe, eu superei faz tempo. Não acho que devemos falar nele, sempre. E os meus pais? Bem, eu também já superei e também não quero falar neles. Foi nessa cidade que nasci, conheci pessoas maravilhosas, aqui que minha vida foi iniciada. As coisas que aconteceram aqui poderiam acontecer em qualquer lugar do mundo.
- Essa Demi, está diferente da Demi que foi embora daqui fugida com o marido.
- Essa Demi, é única.
- Eu sei... – ele disse simplesmente.
Depois disso, passearam por toda a cidade.
Até que...
- Essa é a casa dos meus... Dos Lovato? Essa era minha antiga casa, quer dizer, era aqui que ficava pelo menos. O que houve?
- Quer saber? Todas as vezes que eu tentava falar neles você dizia que não queria saber.
- Não, mas... Agora, eu quero saber.
- Bom, eles venderam a casa para a prefeitura. Ou melhor, perderam a casa para a prefeitura. Eles não pagaram alguma documentação que era preciso e a prefeitura tomou a casa.
- Onde eles estão?
- Morando de aluguel há umas quadras daqui. Não é uma casa enorme, mas é o que eles podem pagar.
- Como assim, Dougie? Meus pais são ricos.
- Não, Demi... Eles foram ricos.
- Dougie, quer me explicar que diabo aconteceu aqui depois que eu fui?
- Bom, seus pais foram à falência. Foi isso que aconteceu... Seu pai, queria ganhar mais e pensando nisso, começou a fazer material com pouca qualidade. Então, as pessoas pararam de comprar os produtos, pois não tinha qualidade e eles só foram gastando. Seu pai vendeu a loja e a fábrica e, com a idade e a fama que tinha não conseguiu emprego, mas continuou gastando o dinheiro. Sua mãe também não conseguia nenhum emprego, então estavam falidos. A prefeitura para quitar a dívida dos empréstimos, pegou a casa. Algum tempo depois, sua mãe começou a arrumar o cabelo do pessoal por um bom preço e todas adoravam e assim, eles conseguiram alugar uma casa.
- Sério?
- Sim. E quando você mandou o dinheiro que você tinha pegado, e que eles nem sabiam, sua mãe comprou um salão de beleza. Se especializar em cabelos e agora tem um salão.
- Pode... me levar nesse salão?
- Tem certeza que quer ir lá?
- Tenho, mas eu não quero que... Ela me veja e nem que ninguém saiba que eu quero vê-la. – enquanto Dougie dirigia Demi pensava em tudo que ele disse. – E meu pai?
- Depois que sua mãe comprou o salão, ele passou a consertar coisas. Ele é uma espécie de “marido de aluguel” é assim que todos o chamam.
- Nunca imaginei que meus pais poderiam chegar à esse ponto.
- Eu sei que é difícil para você tentar imaginar, mas foi assim que aconteceu.

Algum tempo no carro, uns vinte minutos, e chegaram no salão. Dougie parou em frente ao salão, mas do outro lado da rua. Demi colocou os óculos de sol, para esconder um pouco o rosto. Já estava longe a quase dez anos será que a mãe a reconheceria.
Logo, Demi viu sua mãe, agora com os cabelos mais curtos, o cabelo que ela tanto adorava, mais velha e mais feliz. “Talvez a falta de dinheiro trouxesse felicidade” Demi pensou. Ou sem ela estavam mais felizes.
- Não quer entrar e falar com ela?
- Não. Eu prefiro ver de longe. Eles acham que tem uma filha morta, bom, para que vou aparecer. Não sou nenhum fantasma.
Demi ficou um tempo observando, Dougie ficou em silencio. Ele queria poder dizer que os pais estavam com saudades e arrependidos do que fizeram, mas ia fazer melhor que isso.
O pai de Demi apareceu, ela quase não o reconheceu. Ele estava mais gordo do que ela se lembrava, ou melhor, mais barrigudo. Ele estava mais feliz do que ela se lembrava, estava mais velho do que ela se lembrava.
- Estão tão diferentes.
- Assim como você.
- É verdade. – Demi respirou fundo e disse. – Sinto falta deles. Há muito tempo sinto saudades, mas o meu orgulho é maior que a saudade. – Demi confessou para seu namorado, que era mais um amigo.



CONTINUA....

sábado, 11 de abril de 2015

Amor Autênto - Capítulo 13


- Por favor... Beija-me.

Não era um sacrifício para Demi, ela já queria beijá-lo de novo mesmo. Por que não fazer isso, agora... Quando Demi se aproximou para beijá-lo, a porta abriu.

- Demi, desculpe a demora. Nós até tentamos arrombar a porta, mas... ela é pesada.

- Amanhã vocês mandam arrumar essa porta, eu só quero ir para casa. – Demi pegou suas coisas inclusive o pote com doce. – Faça isso também, Joe. – Demi saiu.

 

Em casa, Demi não parava de pensar em Joe. Antes agia com a teoria de que “Não preciso de Joe, tenho Ster”, mas agora ela não tinha Ster e precisava de Joe. Ela sentia isso, cada parte do seu corpo precisa dele. Ela queria Joe ali com ela, e pela primeira vez em anos. Ela chorou por ele, por querer Joe novamente.

Ela sabia que às oito ele ligaria e esperaria, quem sabe dessa vez ele aceita conversar.

Claro, que ela não voltaria para Joe, mas tinha vontade. Tinha uma enorme vontade de esquecer tudo que ele lhe fez e correr para os braços dele de novo. Quem sabe, poderia ser feliz novamente.

 

No última gaveta de sua cômoda, havia uma camisa de Joe. Aquela camisa, esquecida por Joe, já foi motivos de brigas dela e Ster, mas Demi nunca a deixava. Nunca mexera nela e naquele dia se pegou pensando se ela ainda teria o perfume de Joe.

Subiu calmamente as escadas, entrou no seu quarto e a pegou. Inalou profundamente cada pedaço da camisa e, para sua sorte, tinha o cheiro de Joe. A colocou por sua da camiseta que usava.

Voltou a sala, pegou a taça de vinho quase vazia e tomou o último gole fitando o relógio. Eram oito horas, a campainha tocou.

Demi não costumava receber visitas naquele horário. Ela nunca recebia visitas, só se fosse de seus amigos, porém ela sabia que todos estavam numa balada naquele horário.

Receosa, olhou no olho mágico. O mesmo estava tampado e a campainha tocou mais uma vez, estava curiosa demais para se preocupar com um tarado ou com um ladrão idiota que aperta a campainha.

Abriu a porta e viu um buque, ou melhor, um homem de terno segurando um boque.

- Oi. – Ela sabia que devia ser o homem que lhe mandara flores durante esse tempo.

- Boa noite. – ele disse tirando o boque do rosto. – Quer dizer que queria muito me conhecer.

- Por que não disse logo que era você, Dougie Poynter?

- Eu queria ser diferente, original... Queria saber qual seria sua reação.

- Já soube! Seu... Cretino!

- Então... posso entrar, ou quer conversar assim.

- Entra! – ela disse brava, mas sorrindo.

- Quanto tempo não te vejo, baixinha! – ele a abraçou.

- Não me chama de baixinha, há muito tempo não me chamam assim. – depois que ele a abraçou, ela conseguiu fechar a porta.

- Como está?

- Bem. Aceita alguma coisa?

- Sim, aceito que se arrume para jantar comigo.

- Oh, não... Eu já jantei, chegou tarde.

- Na verdade, não... Eu fui à sua agencia hoje e fiquei sabendo que estava presa com seu ex-marido. Depois, eu fiquei pensando: como ex?

 - Ah, longa história quer saber de tudo. Te conto enquanto faço algo para você comer.

- Panqueca?

- Claro.

 

Dougie Poynter foi seu ex-namorado, o cara que Joseph tinha ciúmes quando namoravam. Na cidade que Demi morava, ele era um dos mais cobiçados e melhor amigo de Demi. Aquele tipo de melhor amigo que diz que ama e que é de verdade. Ele era, ou é, apaixonada pela Demi. Sempre disse que a amava e ela sempre foi apaixonada por Joe, o que sempre foi uma pena para a família, que adorava Poynter.

- ... E foi isso. Já faz anos que estamos separados. Recentemente, ele voltou para a empresa de advocacia e está como braço direito do atual chefe. Hoje, fomos conversar a respeito dos panfletos e ficamos presos.

- Essa história é um tanto confusa. Então, agora, está solteira. – Agora, conversavam enquanto eles comiam panqueca com vinho. Uma grande mistura.

- Solteira, não... Divorciada.

- Não importa, não tem ninguém.

- Não, ninguém...

- Sinceramente, Demi. Eu matava um cara que fizesse uma sacanagem dessa comigo.

- Já é passado.

- Seus pais sabem?

- Eu acho que sim, pelo que Joe me disse ele foi lá na nossa cidade e teve com eles, mas eu continuo sem contato como antes.

- Bom, eles devem querer te ver... Devia procurá-los.

- Não quero. E você, falei de mim o tempo todo. Como está?

- Bem, alguns anos depois que você foi embora, eu me casei e logo um ano depois me divorciei.

- Jura?

- É e tenho uma filha com outra pessoa.

- Jura?

- Acha que só você tem uma vida complicada?

- Como é o nome dela?

- Julie Poynter, é linda como o pai.

- Ela veio com você?

- Não, ela mora com a mãe. Eu vim a trabalho e sem querer comprei uma casa ao lado da sua. Demi, quando te vi pela primeira vez quis não acreditar que era você, estava tão diferente.

- Nossa, estou tão feia assim?

- Não, pelo contrário. Está linda! Fiquei pensando se você tinha um marido escondido dentro de casa, lembrei de Joe. Pensei que estava viúva até hoje ir a sua agencia.

- Preferira estar viúva.- os dois riram- Por que se separou?

- Não estávamos dando certo. Demos certo até completarmos três meses de casamento. Aí ela começou a gritar comigo por tudo, a desconfiar de tudo que eu fazia. A família dela começou a fazer a cabeça dela contra mim, pois eu sempre fui festeiro.

- Depois que se casaram você ainda ia a festas?

- Não, quer dizer, sim, mas com ela. Não ia quando ela não queria. Os meses passaram e eu já não tinha vontade de voltar para casa depois do trabalho, já não queria dormir com ela e escutar a voz dela para mim, era como ir ao dentista. Sabe aquela maquininha irritante?

- Sei...

- Era pior. Ela também estava insatisfeita. Até que um dia conversamos e decidimos que não fomos feitos para casar. – ele riu.

- E sua filha, como foi?

- Foi até engraçado. Logo depois que eu me separei, comecei a voltar as baladas. E foi uma maravilha: ficava com muitas garotas e uma, foi especial, pois ficamos por mais um mês. E quando ela estava indo embora, ela não morava lá estava de passagem, descobriu que estava grávida de mim. No início eu não aceitei, não que eu não queria o filho e nem que não fosse meu.  Eu só me achava novo demais para ter um filho. Ela continuou na cidade até a Julie nascer. Acompanhei toda a gravidez de perto, foi perfeito. Moramos juntos, por dois anos. Até que a mãe de Julie conseguiu um emprego e comprou uma casa. Não é tão longe da minha casa, mas eu comecei a sentir falta.

- Como é o nome da mãe de sua filha?

- Annie.

- Você gosta dela?

- Claro, ela é perfeita como mãe. Quando ficamos juntos não tínhamos problemas como eu tive com a minha antiga esposa. Só que eu não a amo, se é isso que quer saber e nem ela me ama.

- Então, você ama a sua antiga esposa?

- Não. Ela, com certeza, eu não amo.

- Então, quem você ama?

- Não está querendo saber demais?

- Eu contei tudo para você, será que pode se abrir comigo?

- Um homem nunca conta tudo.

- Nunca ouvi frase mais idiota, Poynter.

- Posso te fazer uma pergunta?

- Não, agora, eu não quero mais.

- Sério, se você me responder essa eu juro responder a que você fez. Alias, é a mesma: quem você ama?

- Amo... Já nem sei se o amo, mas a única pessoa que eu senti algo foi Joe, então se ainda existe amor em mim, acho que é Joe o sortudo.

- Mesmo depois de tudo que ele fez?

- O coração não escolhe quem ele vai amar, ele fecha os olhos e escolhe. Agora, é a sua vez de responder.

- Eu amo, a pessoa que sempre amei na minha vida, Demi: Você

- Pensei que...

- Não precisa dizer nada, Lovato. Eu sei e sempre soube dos seus sentimentos.

- Desculpa.

Três caras amavam Demi e ela não ligava para nenhum deles. Joe, pois partiu seu coração. Ster, já tentou e não deu certo e Dougie que era mais que um amigo.

- Não precisa se desculpar, não te culpo.

 

Um mês depois...

 

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Amor Autêntico - Capítulo 12


- Sim. – Demi esperou ansiosa. – A porta está emperrada.

- Impossível, Joe. – Demi também tentou, mas não teve sucesso. – Vou pedir a Jeany que a empurre. – Demi ficou no telefone, ligando para sua secretaria, mas ninguém atendia. Enquanto Joe tentava abrir a porta. – Que merda!

- Vai começar? Eu sei que está nervosa, mas não vai ajudar falando palavrões. Me diz, por que toda vez que fica nervosa tem que dizer “merda”?

- Joe, não é hora para isso! Seja homem e empurra essa porta. Não deve ser tão difícil, ou esses músculos são só fachada?

- Anda reparando, Demi. – Demi estava nervosa e quando ficava nervosa, não pensava muito no que dizer.

- Vou ligar para Selly! – pegou o telefone e discou. – Selly, estamos presos na minha sala. Quer chamar alguém para abrir essa porta que o palerma do Joe não serve para nada.

- Está presa com o Joe? – Selena riu.

- Por favor, peça alguém que venha abrir essa porta? – Demi desligou.

- Desisto, Demi! Essa porta é muito forte. Ela nem se meche.

- É desculpa sua, seu fracote!

- Não sou fracote! Pare de me ofender só porque está nervosa.

Demi se calou. Sabia que se disse algo poderia se arrepender, estava nervosa demais para pensar em alguma coisa. A ideia de ficar presa com Joe em sua sala não era as melhores. Sem contar que tinha que receber a vista do homem das flores.

Alguns minutos se passou que Selly foi procurar ajuda. Demi e Joe sentaram no sofá para esperar. Já fazia quase três horas que ninguém fazia nada para tira-los dali. A porta parecia que tinha colado no chão. Já era hora do almoço, estavam com fome.

- Acho que o doce da sua mãe vai nos manter vivos. – Demi disse pegando o pote que estava sobre a mesa. Pediu Joe que abrisse e depois degustou com o dedo oferendo a ele.

- Minha mãe gosta muito de você, Demi.

- Eu também gosto muito dela.

- Ela ainda está aqui. Ela veio organizar a minha casa.

- Não acredito que ainda não aprendeu a organizar tudo sozinho.

- Não. – ele riu. – Também não tenho ninguém que faça por mim. – ele disse e o que Demi entendeu foi “ Não sou casado”- Só a minha mãe.

- Pelo menos, você tem mãe.

- Seus pais...

- Não, Joe, e eu também não quero vê-los tão cedo. Não faço ideia de onde estão. Eles não sabem que nos separamos.

- Não, desculpe, mas eu morei lá um tempo com meus pais e eles acabaram sabendo. Eu tive com eles muitas vezes, eles estão...

- Joe, não quero que me fale dos meus pais.

- Minha família quase me matou quando soube.

- Deviam ter te matado. – ela riu.

- Eles gostam mais de você do que de mim.

- Joe, desculpe, mas você fala como se nós tivéssemos separado por uma coisa boba, só porque descobrimos que não nos amamos. Foi mais sério que isso.

- Eu sei. Eu não esqueci. Se pensa que eu não me sei que o que eu fiz foi horrível. Eu estava cego de amores por Ashley, por isso fiz aquilo. Quando descobri que na verdade amava você e não ela, já era tarde... Você já me queria o mais longe possível da sua vida e com toda a razão. Eu não queria ter me separado naquele dia, mas assinei o divórcio por que você não me amava mais. – o silencio se fez. Essa era a primeira vez que conversavam sobre o divórcio depois que se separaram. – Eu me arrependo, todos os dias e todas as noites do que eu fiz. Se tivesse uma maneira de me castigar eu já tinha feito.

- Já se castigou o bastante deixando o seu sonho para trás.

- Meu sonho, agora, não é mais uma empresa, Demi. Meu sonho agora, é você.

- Joe, por favor, não quero falar disso. Nossa relação está ótima como está.

- Demi, precisamos jogar limpo. Precisa saber que eu ainda te amo e eu sei que ainda sente algo por mim. Não precisa dizer nada.

-  Joe, por favor, por acaso está dentro de mim para saber o que eu sinto? Por acaso, esta comigo vinte e quatro horas?

- Não, Demi, mas eu sei que a imagem está presente na sua memória. A memória dos nossos beijos e das nossas noites delirantes, principalmente. Pode dizer, Demi!

- Eu nunca senti falta de nada disso. – ela estava nervosa e visivelmente tensa. Joe percebia a quilômetros o nervosismo que ela sentia quando estavam perto, e quando ele chegava mais perto ainda, ela ficava mais nervosa.

- Não vai me dizer que não sente falta disso. – Joe estava nervoso parecia querer matar alguém e Demi estava com medo. Nunca via o Joe daquela forma. Nem quando eram casados ele se comportava dessa maneira. Ele segurou os braços dela com força, a colocou na parede e a beijou.

De início o beijo era violento, ele parecia querer machuca-la, pois Demi não correspondia, mas aos poucos o beijo foi ficando calmo, pois Demi se entregou e não tinha mais necessidade de Joe prendê-la daquela maneira, pois ela o abraçou por vontade. O beijo estava tomando ritmo e os corpos já estavam em chamas, sem pensamentos e sem necessidade de respirar. Não queriam se desgrudar, estava bom demais. Só que, infelizmente alguém bateu na porta, quem sabe estranhando o silêncio repentino que se fazia presente no local trancado.

Demi o afastou com muita dificuldade, pois queria continuar agarrada a ele e atualizando a mente sobre aquele beijo maravilhoso que há tempos já queria.

- O que é?

- Estão vivos?

- Muito vivos! – Joe respondeu sínico. Demi queria mata-lo por ter descoberto seu segredo, que nem era oculto, e também queria matar o seu corpo por tê-la traído daquela maneira tão densa.

- Por enquanto! Selly, chame alguém da segurança e manda arrombar essa porta! Eu só quero sair daqui.

- Essa porta é muito forte, Demi. Ninguém vai conseguir arromba-la. Miley e Ster foram chamar um chaveiro.

- Vai demorar? Selly, me tira daqui!

Demi ficou olhando pela janela, tentando imaginar outras coisa, para não ficar tão nervosa como estava.

Joe chegou perto dela, queria provocá-la mais e estava conseguindo.

- Sinto sua falta, Demi.- ela não respondeu. – Às vezes me pego imaginando o nossos momentos juntos. Sei de tudo que gosta. Lembro-me de tudo como se nunca tivéssemos separados. – O fato era que Demi também lembrava, lembrava tão nitidamente, e também queria reviver, mas alguma coisa impedia isso.

- Não vai me dizer que é você quem fica mandando flores para minha casa todos os dias.

- Não, mas, eu ligo para você todas as noites, às oito. -Joe disse como se contasse um segredo. – Então, quem é esse que te manda flores?

- Eu não sei. – Demi sentou na sua cadeira. - Agora, eu vou trabalhar, espero que não me atrapalhe. – Como se a presença dele já não fosse atrapalhar. – Pelo menos, eu posso ocupar minha mente com o meu trabalho e não posso ficar ouvindo as bobagens que você fica dizendo.

- Bobagens? Não são bobagens. São verdades.

- Guarde- as para você. Tudo bem?

- Não posso mais. Ficamos muito tempo sem nos falar e guardei muito tempo dentro de mim. Quero dividir com você.

- Você não fez essa porta emperrar, ou fez?

- Não, claro que não. Não seria capaz de fazer isso, sei o quanto odeia quando fica trancada em um lugar. Lembra quando a porta do banheiro travou assim como essa e você gritou como uma louca até eu arrombar.

- Claro que eu lembro... Fiquei apavorada. Aquele banheiro estava quente ainda pelo vapor e eu gritava como louca.

- Ficou quase um ano sem trancar o banheiro.

- Verdade.

- Lembro como se fosse ontem: “Joe, me tira daqui” “Eu vou morrer”.

- Para de me imitar, Joe! – Ela disse rindo.

- Pode voltar a trabalhar, eu vou descansar aqui... – Joe sentou no sofá e tirou os sapatos, afrouxou a gravata, o cinto, tirou o paletó e deitou com os braços cruzados.

Demi ficou observando enquanto ele tinha os olhos fechados. Ela não conseguiria trabalhar, mas tentaria só para tirar Joe e o beijo de sua cabeça.

E quem disse que Joe conseguiria dormir, Demi estava perto demais.

 

Em torno de cinco da tarde, ainda estavam presos naquela sala. Joe ainda estava deitado no sofá e Demi em sua mesa. Quando Joe fitou Demi, percebeu que ela olhava o nada. Totalmente sem concentração.

- Eu sei que foi difícil para você. Quando descobriu tudo, devia ter vontade de me matar. Mas tente se lembrar das coisas boas do nosso casamento. O inicio dele, foi muito bom. Não digo, só pelo sexo, mas por tudo que compartilhamos.

- Eu não entendo. Quando nos casamos, você ficou um bom tempo, mais de anos, sendo muito gentil comigo, Joe.

- Eu gostava de você, mais do que achava. Depois Ashley começou a dizer que se eu continuasse te tratando do mesmo jeito você ia enjoar de mim. Eu ainda queria o dinheiro e fiquei com medo. Por isso, agi daquela forma.

- Eu não teria te largado se continuasse me tratando bem.

- Eu sou um cachorro mesmo. Eu tinha você e não aproveitei. – ninguém disse nada. Até que... – Eu quero que você seja feliz, Demi.

- Eu sou feliz.

- Não, preciso descordar. A única coisa que faz é trabalhar, precisa sair, precisa conhecer pessoas, namorar. Eu não quero continuar te vendo assim, por minha causa. Eu sei que eu fui o motivo dos seus sorrisos falsos. Saía de casa, conheça pessoas.

- Não quero.

- Quer. Hoje mesmo, você vai sair com Selly e Mi.

- Elas já me convidaram e eu recusei. Elas estarão com os namorados e eu sozinha.

-Não. Você vai procurar alguém para conversar. Alguém que não fale só de trabalho, nem precisa namorar... Só fale.- Joe levantou do sofá foi até Demi, tirou-a da cadeira – Eu queria muito que me beijasse, Demi.

- Como? Já me beijou hoje, Joe.

- Não, quero que você me beije. Lembra quando eu estava como o ogro, e você queria a minha atenção e me beijava e eu não retribuía? Eu queria retribuir, mas Ashley não me deixava.

- Você era um otário, Joe. Se eu soubesse que era tão idiota assim, eu não me apaixonava por você!

- Por favor... Beija-me.

Não era um sacrifício para Demi, ela já queria beijá-lo de novo mesmo. Por que não fazer isso, agora...

CONTINUA......
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